domingo, 27 de setembro de 2020

Quase terminando


Último Domingo de Setembro. 
Pausa para agradecer a Deus por termos chego até aqui com saúde.
São 6 meses de isolamento social, devido  a Pandemia.
Saudades do filho que mora e trabalha em outro município...muita saudades, tantas que o coração até dói. Dias difíceis temos vivido. Múltiplos sentimentos.

Mas, mantendo a chama da esperança sempre, esperança de dias melhores para todo o planeta. 
Esperança que possamos nos adequar ao novo mundo, a nova normalidade. 
Esperança de que uma vacina eficiente seja desenvolvida e nos traga tranquilidade.
Que a gente possa ter um pouco mais de paciência.

Enquanto o tempo passa, e como o relógio não para nunca, sigo fazendo minhas artes para os projetos que participo.
E neste Domingo pretendo terminar mais uma manta de crochê para o projeto Quadradinhos de Amor.
Estou fazendo a borda, 
em ponto musgo (Moss stitch) e gostando do resultado até aqui. Mais algumas carreiras, 3 ou 4, e estará pronto.  
Quase terminando e a sensação, é muito boa... é de gratidão.

Deixo pra vocês e uma música que gosto muito:

Paciência - Lenine

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso, faço hora, vou na valsa.
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
E o mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é  tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber?
A vida é tão rara, tão rara.
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não.
A vida é tão rara.
Aproveite seu Domingo e coloque muito amor em cada pontinho que você fizer.
Feliz Domingo, Feliz Semana!

Quer se inspirar? Veja os lindos trabalhos que talentosas mãos estão fazendo ao redor do mundo. Neste Slow Sunday Stitching.

domingo, 20 de setembro de 2020

Gorros

Como já contei diversas vezes, participo de um projeto de voluntariado no qual fazemos mantas em crochê e tricô para serem doados a idosos que residem em asilos: pra quem não conhece e queira participar o projeto, coordenado por Juliane Pugliese é 
Quadradinhos de Amor São Paulo.


Tenho aqui comigo diversas mantinhas feitas por mim e por outras voluntárias para serem entregues em asilos no Sul de Minas Gerais, mas ai surgiu a Pandemia e as entregas aqui na região, por medidadas protetivas,  precisaram ser suspensas, no entanto continuamos produzindo e  fazendo novas mantas.


Recentemente, conversando com a voluntária Claudia Larosa, que também tem algumas mantas prontas e que recebeu uma doação grande de cachecóis, decidimos montar kits com:  manta, cachecol e gorro. 
Então,  estive focada em fazer gorros para completar alguns kits.


Estes são os gorros que fiz, aproveitando sobras de lãs das mantas.
São fáceis e rápidos de fazer e ficaram bem alegres, vocês não acham?
Qual deles você colocaria na sua cabeça para se aquecer e alegrar sua vida?
Espero que em breve, quando pudermos voltar ao normal, eles aqueçam aos idosos que tanto precisam de nosso carinho.

Além dos Quadradinhos da vovó, cachecóis e gorros também aceitamos doações de lãs para confecção dos mesmos.

Aproveite este Domingo e participe também! Eu vou continuar fazendo gorros.

Procura por mais inspiração quanto ao que fazer com agulhas e fios?
Visite Slow Sunday Stitching


sábado, 12 de setembro de 2020

Dia Internacional do Crochê

Esta semana, enquanto eu estava fazendo crochê, trabalhando em uma nova mantinha, fiquei me questionando e refletindo sobre quem teria inventado o crochê.

Em uma pesquisa rápida  descobri que existem várias teorias e que ninguém tem certeza absoluta sobre a origem do crochê,  e que o termo crochê é nórdico.

Alguns historiadores afirmam que os trabalhos em crochê tiveram início na Pré história. Mas como o conhecemos hoje a teoria mais fortemente aceita é que foi desenvolvida no século XVI, provavelmente tendo origem na Arábia chegando a Espanha pelas rotas comercias, através do Mediterrâneo.

Enfim nunca saberemos quem foi que um dia  teve a brilhante idéia de usar um gancho e criar algo,  ou quem mais tarde criou inúmeros pontos que nos possibilitam fazer mantas, acessórios, vestuário, peças de decoração e brinquedos.

O que sei, é com quem aprendi a fazer crochê. 

Tive o privilégio de nascer em uma família de mulheres virtuosas. Mulheres que bordavam, tricotavam, faziam crochê e costuravam. 


Cresci admirando trabalhos lindos feitos por mãos habilidosas, mãe, avó, tia, primas todas prendadas.


Foi minha mãe, Olga quem me ensinou, quando eu ainda era criança a pegar na agulha e a fazer um cordão de correntinhas, enquando ela mesma também fazia crochê.  E depois que eu estava craque e tinha feito metros de correntinhas me  ensinou, com toda paciência,  os pontos básicos.

Na escola tínhamos aula de trabalhos manuais e lembro perfeitamente de uma bolsa azul e de uma almofada que fiz em crochê e com os quais tirei nota máxima, não poderia ser diferente, com a supervisão que tinha em casa, o trabalho tinha que sair perfeito.


Esta foto, tirada quando fomos passar uns dias na casa dos primos Durval e Carminha em Ouro Fino, MG em Julho de 1973. 

Meu pai com minha mãe no centro,  e a prima Isaura, as duas fazendo hexágonos com 3 fios de lã fininha, aquelas de cone, usadas para fazer  tricô a máquina.



Assim que  voltamos para São Paulo, minha mãe  comprou os cones e fez uma 
colcha para a minha cama, com 66 hexágonos com 12 carreiras cada.
Colcha, que tenho até hoje e está em perfeito estado. 

Fala a verdade é ou não é muito amor que ela colocou em cada pontinho?

E hoje, 12 de Setembro é celebrado o dia internacional do Crochê. 

E eu não poderia deixar passar em branco, pois é uma arte que me remete a lembranças de uma época maravilhosa.

Neste 12 de setembro de 2020, um ano tão difícil, ter boas recordações enche meu coração de alegria. 

Gratidão mãe por ser até hoje a minha inspiração. Mesmo você não estando aqui ao meu lado fisicamente, está nas minhas melhores lembranças e no meu coração. Te amo mãe.


E inspirada na  colcha,  que minha mãe fez pra mim há 47 anos, fiz esta para o projeto Quadradinhos de Amor São Paulo.

Assim que conseguirmos voltar ao normal ela será entregue em algum asilo e aquecerá algum idoso. 



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